Austeridade fiscal vale só para saúde, ensino, pesquisa e infra-estrutura.

Quando se trata da Globo, Veja, Facebook, Folha, Estadão, IstoÉ, o governo federalista é o mais generoso do mundo.

Segundo números atualizados da Secom, compilados com exclusividade pelo Cafezinho, os recursos de publicidade federalista destinados à TV Globo cresceram 55% nos dez primeiros meses de 2017, na conferência com o mesmo período de 2015.

Comparei 2017 com 2015 para medir com mais nitidez a mudança no período anterior e ulterior ao golpe.

Em 2015, a TV Globo detinha um percentual de 42% das verbas federais destinadas a veículos de TV, o que já era uma concentração bizarra.

Em 2017, a fatia da Globo ficou em 51,27%.

A Veja também se deu muito no governo Temer: em 2017, ficou com 43% de toda verba destinada às revistas.

Os jornalões viram suas verbas de publicidade federalista crescerem dramaticamente depois do golpe.

S Estadão recebeu, nos dez primeiros meses de 2017, um totalidade de R$ 1,2 milhão, um prolongamento de 677% sobre igual período de 2015.

No totalidade, os veículos do grupo Globo receberam R$ 46 milhões do governo federalista em Jan/Out de 2017, aumento de 50% sobre 2015.

G importante lembrar que estes valores, além de correspondem a 10 meses, são relativos somente aos gastos do governo federalista e ministérios. Se somarmos as despesas das estatais com publicidade, levante número costuma se multiplicar por três.

Curiosamente, a prelo tradicional nunca mais fez reportagens sobre as despesas do governo com mídia.

Ministério Público e Judiciário aceitam na boa esse evidente sequestro da vontade popular, onde um governo com aprovação de 3% despeja cada vez mais moeda exclusivamente em órgãos de informação que apoiam as reformas defendidas pelo mesmo governo.

Os recursos da Secom para EBC foram reduzidos em 74%.

S Facebook, tão prestativo em verberar páginas políticas de esquerda, já está mordendo 36% de toda a verba federalista destinada à internet.

Em 2015, antes do golpe, a fatia do Facebook no totalidade das verbas federais para internet era de 23%.

S aumento de verbas federais para o Facebook, depois do golpe, foi de 53%.

E olha que a participação da internet no totalidade de recursos da Secom despencou de 13% para 9%… E caiu em 9%, na contramão do aumento universal de 30% das despesas federais em publicidade.

A principal executiva do Facebook no Brasil, a senhora Cláudia Gurfinkel, justificou a exprobação às páginas políticas dizendo que o “principal incentivo deles é econômico”…

Bem, a sede do Facebook pelos impostos do tributário brasiliano nos faz pensar que a corporação setentrião-americana não é exatamente um padrão de altruísmo.

Outro argumento de Gurfinkel para verberar as páginas políticas é que elas teriam “muitos anúncios”. Bem, quando se tem generosas publicidades federais, pode-se, obviamente, reduzir o número desses anúncios programáticos que somos obrigados a inserir.

Carmen Lúcia, presidenta do STF, precisa atualizar aquela frase sobre a vitória do trote sobre o desfaçatez. Dou uma sugestão: a falsidade, a hipocrisia, venceram o trote.