O horizonte do prefeito bolsonarista de Porto Prazenteiro é cada dia mais nebuloso. Sebastião Melo (MDB) está totalmente enlameado. Na quinta-feira (23), a Câmara dos Vereadores da capital gaúcha protocolou um pedido de impeachment do gestor incompetente e omisso. A solicitação foi feita pelo secretário-universal da União das Associações de Moradores de Porto Feliz (Uampa), Brunno Mattos da Silva, com a justificativa de “negligência” nas estações de bombeamento e no sistema de drenagem da cidade.

Já no final de semana, “moradores do meio de Porto Feliz realizaram um panelaço em protesto contra o prefeito Sebastião Melo. O motivo é a insatisfação com a gestão municipal durante a enxurrada do Guaíba. Organizada pelas redes sociais, ele teve gritos de ‘Fora Melo’. Os manifestantes pediram a repúdio ou impeachment do prefeito de Porto Feliz”, descreve o site Brasil-247. Outras manifestações espontâneas têm ocorrido pela cidade e cresce o sentimento de revolta contra o gestor bolsonarista.

Provas da preterição criminosa são sólidas. Na semana passada, um grupo de 42 engenheiros, arquitetos e geólogos divulgou um manifesto que comprova que a prefeitura é culpada por não fazer a manutenção no sistema contra inundações. Concebido na dez de 1970, ele é constituído por muro de 60 quilômetros de diques e barragens, de setentrião a sul da capital gaúcha. Há também um muro de proteção, o Muro da Mauá, que funciona porquê dique para dimensão medial. Por toda essa extensão, há 14 comportas, que permitem a ingressão e saída da chuva, e 23 casas de bombas hidráulicas, que funcionam porquê pontos de drenagem.

Segundo o documento, esse sistema de proteção “é robusto, eficiente e fácil de operar e manter”, mas foi menosprezado pela gestão municipal. “Os diques e os muros não vazam. Os vazamentos estão em boa secção das comportas sem manutenção. No ano pretérito, quando o sistema foi acionado, durante as inundações com início no Vale do Taquari e que também inundaram a região metropolitana, as deficiências nas comportas ficaram visíveis. Fáceis de serem sanadas, mas não foram. As próprias casas de bombas, muito porquê as Estações de Bombeamento de Chuva Bruta, estão inundadas”, afirma o texto.

Em entrevista coletiva no lançamento do manifesto, o engenheiro Vicente Rauber, ex-diretor do macróbio Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), denunciou que “não precisaríamos ter sequer 10% da inundação que nós tivemos”. Ou seja: a ação da prefeitura foi criminosa. O bolsonarista Sebastião Melo será punido?