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Mãe e fruto morrem por complicações da Covid-19 com quatro meses de diferença em Ponte Serrada




João e Dona Eva eram moradores de Ponte Serrada (Fotos: Registo Pessoal)

“Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé”, um versículo da bíblia que nos traz a reflexão de nossas lutas e conquistas, marcou a despedida do caminhoneiro João Carlos Costa, de 44 anos, carinhosamente divulgado porquê Faustão. João morreu na última segunda-feira, dia 5, vítima de complicações pós-Covid-19.

 

O caminhoneiro, enamorado pelo tapete preto, faleceu exatamente quatro meses em seguida a morte de sua mãe, Eva Lima da Costa, de 64 anos, também vítima da Covid.

 

O sorriso e o sabor incomparável das comidas caseiras ficarão eternizados na memória de cada familiar, ao pensar em dona Eva. Mulher guerreira e comprometida com a família, estava sempre ao lado dos filhos e netos. Fosse para um puxão de ouvido ou um simples amplexo hospitaleiro no momento de crise.

 

“Minha rainha sempre cuidava de tudo e todos. Dava carinho, paixão e atenção para quem estivesse perto dela. Defendia a família com unhas e dentes ”, comenta Jucemar da Costa, ao lembrar da mãe.

 

Dona Eva travou uma luta pela vida. Foi diagnosticada com o vírus no dia 17 de fevereiro, sendo internada no dia 25 na enfermaria do Hospital Regional São Paulo (HRSP), onde aguardava por um leito de UTI, mas não resistiu às complicações da doença, indo a óbito na tarde do dia 4 de março.

 

O desespero da despedida também emocionava a cada familiar ao lembrar da mãe e avó protetora, que entregava aos filhos e netos, de forma genuína, paixão e carinho, ensinando durante toda sua vida os caminhos a serem percorridos de maneira honesta e íntegra.

 

“Ela foi um criancinha  que desceu pra fazer uma bela família, cuidar, mostrar o que era o paixão à vida, e depois de ensinar , retornou  para o seu  lugar de origem, ao lado de Deus”, comenta Juce.

Dona Eva faleceu no dia 4 de março (Fotos: Registo Pessoal)

O trajectória  de vida ensinado pela mãe foi cumprido à risca pelo estremecido fruto João, que dedicava seu tempo aos dias de viagem, dentro do caminhão, e à família, que comemorava com sarau todo retorno de jornada de trabalho.

 

“O João Carlos era o melhor motorista do mundo, o melhor irmão. Sempre dizia que amava a família. Ele era camarada de todo mundo e brincava o tempo todo e tirava sarro de tudo”, recorda Jucemar Da Costa, irmão de Faustão.

 

Com uma risada contagiante, o caminhoneiro não perdia a oportunidade de realizar brincadeiras e fazer todos a sua volta sorrir. Estava sempre cauteloso a tudo e não media esforços para ajudar quem precisasse.

 

Faustão apresentou os primeiros sintomas no dia 23 de abril, durante uma viagem no estado de Minas Gerais. Em seguida realizar o teste, com resultado negativo, voltou a Santa Catarina, onde obteve o diagnóstico positivo para Covid-19. Já em situação sátira e com 80% do pulmão comprometido, foi transferido para o Hospital Regional do Oeste (HRO), em Chapecó, onde permaneceu por 14 dias na UTI, recebendo subida no dia 15 de maio.

João faleceu na última segunda-feira, dia 5 (Foto: Registo Pessoal)

Uma luta se encerrava para que outra fosse iniciada. As complicações em decorrência da Covid-19 e ao tempo que passou intubado faziam com que Faustão necessitasse de seguimento médico metódico.

 

No dia 26 de junho, com a traqueia trancada e sem conseguir respirar, o caminhoneiro procurou o Hospital Santa Luzia de Ponte Serrada, de onde foi transferido às pressas ao HRSP, em Xanxerê. Os médicos realizam uma traqueostomia. Depois a cirurgia, Faustão foi guiado à UTI. Ele permaneceu internado até a segunda-feira, dia 5, quando foi a óbito.

 

“Duas vidas, uma história perfeita e um final dentro do que Deus planejou, logo foi para eles dois um final feliz”, relata Jucemar.

 

Faustão e dona Eva deixaram para a família o ensinamento de paixão pelo próximo e luta pela vida. Exemplos que nunca serão esquecidos. E quando a saudade aperta, as lágrimas escorrem, e na prece a família encontra o conforto para enfrentar a partida precoce de quem tanto se amou.

 

“Para nós que ficamos, fica a memorial, o ensinamento e a gratidão. O corpo transborda todos os dias a saudade pelos olhos”, finaliza Jucemar.





Manadeira Notícia -> :Fonte Notícia

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